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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Senhoras e senhores,

bem vindos a fábrica de poesias!
eis aqui, dentre tantas dores
coloridos pela magica, fantasia
alguns dos meus últimos amores

por favor, não lhes tragam flores
agradeço a todos tamanha cortesia
seria inútil, desperdiçar tantas cores
em vasos caros, sem melodia

afinal, do contrario, feliz agora não estaria
certo de que os mortos sentem odores
pois ainda vivo, rejeito a carne podre
e aceito, enfim, minha leve alegria

13 comentários:

Ode ao Ócio disse...

so pra a postagem ter comentario, ja que ngm daqui comenta, comento eu mesmo.


pronto!

D. Ramos disse...

Sinto um certo descaso nesse texto.
Escapulir da produção fordistas de imagens flutuantes e vagas sobre aquilo q por vezes damos muita importância, de uma forma quase deteriorante. ponto Final.

Lucas disse...

E acho que esse vaso tinha melodia, sim, pois é genético! Só digo uma coisa.. meu texto vai criar confusão.. posto?

mensageiro dos ventos disse...

bem, vou me atraver a explicar o texto que eu mesmo fiz, apenas dessa vez.
a "fábrica de poesias" é o nome de um dos cds de adriana calcanhoto. eu ja havia me inspirado em uma de suas musicas, num dos ultimos poemas que postei. usei essa referência para me remeter a esse fato.
o texto fala sobre aquilo que venho insistindo em escrever, desde que crei um blog: o amor. a repetição temática é um tanto proposital, como deve ser facilmente percebido.
a "fábrica de poesias" pretende demonstrar a facilidade como as vezes esse sentimento é reproduzido, de tal forma que, as vezes, parece se confundir em mim o amor com o medo de me perceber novamente só.
faço, aqui, um convite para que se perceba de quantas pessoas eu ousei falar em cada texto, pessoas essas que, em releituras, parecem agora sepultadas, pois me ocupei de enterra-las junto com aquilo que outrora escrevi.
são cadáveres de quem sinto saudade e pelos quais guardo com carinho tudo o que foi vivido.
mas, se levo a saudade, também calço um sapato novo, vou passear.
não há razão para chorar, se ainda tenho ao menos um motivo para não faze-lo.
visitar os mortos, levar-lhes flores, é remoer uma dor quieta.
deixem que descansem em paz, os meus amores.

Ode ao Ócio disse...

descanse em paz é o caralho!

Ode ao Ócio disse...

lucas ai em cima

Unknown disse...

Não quero sepultar os meus amores, até pq de começo não quero que esse plural seja grande, prefiro a intensidade a quantidade, além de não querer que os sentimento novos tomem conta de mim na velocidade do gasto de sapatos que uso diariamente e que em poucos meses possam se desgastar.Pretendo e espero encontrar o caminho para manter eles sempre vivos, apesar da distância ou outros obtáculos. Acredito que o amor precisa sim de flores, precisa ser visitado para que se descarregue um pouco de adrenalina nas veias da saudade e da memória. Relemebrar não é remoer uma dor, é uma possibilidade de redescobrir um sentimento, de fazer jus a importancia de uma pessoa na sua vida. Sepultar pra mim, é por fim, relegar ao esquecimento, tirar todo o mérito de um sentimento lindo. Seguir em frente não implica em por fim ao passado, e sim, saber lidar com o mesmo. Por fim, diria que quero que meus amores vivam em paz mesmo sem minhas flores, que eles me tragam flores e que em algum momento o coração deles bata em um compasso mesmo que ínfimo em sintonia ao meu.

resumidamente, me atrevo a discordar, sem saber se compreendi.

beijos

D. Ramos disse...

Pelo visto n é só eu que faz experiências por aqui.
O amor é uma dor...
É o caralho, por mim tanto faz... quando passa, se dói ou n. N vou enterrar nem mandar flores. Mastigarei e engolirei. Puro como na hora q deixou de ser, que pra mim nunca deixa, apenas passou da hora, passou do tempo. Flores ou Sepulcro.Pra mim coisas externas, perecíveis.

Ode ao Ócio disse...

Acho que flores são válidas como num cemitério. Você sabe que quem você quer homeagear não está lá; então, a homenagem muda de sujeito passivo e recai no sentimento.

Lucas disse...

eu ai

mensageiro dos ventos disse...

broto,

esse texto representa a ansiosidade pelo desfecho de um fase. não sei se te lembras, mas meu primeiro texto escrito em blog foi intitulado "o gestante".
não é a toa que, agora, escrevo sobre mortos, portanto.
mas a ideia que quis passar quando escrevi o texto não foi a homicida; eu não matei nenhum dos meus amores, e ainda não pretendo fazê-lo.
porém, se outrora eu me mostrei apto a novos amores, agora me questiono sobre sentimentos outros assim intitulados: talvez não o tenham sido, não por sua pluralidade, mas pela forma que os reproduzi.
sou adepto da idéia de que o amor é um sentimento dialógico; não há como falar nele, sem pressupor reciprocidade.
dos ditos "amores" que tive, lhes faltaram essa característica essencial para que sejam, assim chamados.
pretendi parir um sentimento que não se sente só; o resultado foi a ocorrência de abortos e a elevação da taxa de mortalidade infantil.
de algum forma, me responsabilizo: talvez a ansia de que as coisas aconteçam terminem por interrompe-las.
a morte remete uma idéia de irreversibilidade. talvez as coisas pudessem ter ocorrido de outro jeito; de imediato, não me adianta, contudo, tentar modificar o que me ocorreu, e sim seguir em frente.
sentir saudade ou lembrar com carinho são coisas que não me nego a fazer, muito pelo contrário.
mas pra levar a vida adiante é necessario, sim, enterrar os mortos (que, muitas vezes, se suicidaram).
lamentar só me impede de construir o novo, e até mesmo ressignificar positivamente o passado, no presente momento.
quanto as flores, essas são desnecessarias; parece ser uma tentativa de dar um pouco de vida àquele que morreu.
deixar que eles repousem é garantir a minha quietude para apontar para fé, remar.

Unknown disse...

Talvez não tenha transmitido de forma correta os meus pensamentos. Mas, posso dizer de antemão que após ponderar concordo com o que lucas falou.

Não considerei o texto uma demosntração de um espírito homicida, broto. Mas uma forma diferente de encarar o fim de um amor. Não acho saudável lamentar, mto pelo contrário, concordo com vc que isso só dificulta o seguir em frente, no entanto ainda considero relevante a demonstração da importância do sentimento. Qualquer pessoa gosta de saber que teve relevancia na vida do outro, pois isso disse que as flores serviriam como uma homenagem à pessoa e ao sentimento. Para mim, as flores não são uma forma de ressucitar aquilo que já se se abrandou, transformou ou acabou. Amores acabam, e caso isso aconteça de uma forma tranquila, as lembranças do mesmo não trazem inquietude e tormento, mas uma bom sensação de paz inteiror.
Concordo com vc que a reciprocidade é uma característica fundamental, sem ela o amor está fadado ao fracasso, não basta um só amor, um só sempre é demais! =P

Enfim, dicordei com concordâncias! Pra vc não dizer que só faço discordar!

=***

mensageiro dos ventos disse...
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