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Recife/Olinda, Pernambuco, Brazil
Um blog aí.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Muito gelo e dois dedos de Amor

Quem disse que o amor é cego
Certamente namorava um feio
Quando é bonita não nego
Às feias, o digo sem receio

Ou seria um golpista, que com esse papo
Despista um amor interesseiro, por se
Esconder por traz de
Roma, pra apunhalar o dinheiro?

Ah, pois esse sacana bruto
Quando engana uma menina
Me deixa logo puto, qual o raio da cerebrina.
Pois se ta interessado no maldito do dinheiro
Deixe de ser espírito de porco, não espere
Nem um pouco,
Se case com um mealheiro.

Se é cego eu não sei,
Mas não tenho tanta raiva de quem sabe
Afinal por não ser rei
Não devo odiar a maldita majestade
Pois sentar no trono não me desperta saudade

Se é cego, também não quero saber
Pois a mim pouco importa entender
Fui a um museu de arte contemporânea ontem e não entendi porra nenhuma,
Mas se eu entendesse tudo, não haveria beleza alguma, seria só um intelectual que sabe
Rimar, que sabe falar, catalogar, ler, fumar, legalizar, criminalizar, transar, escovar os dentes, que sabe saber, às vezes desistir, quase nunca sabe dá o braço a torcer.
Porém seria um jegue, no mal sentido,
(Pois há um bom, não negue)
Se não soubesse como a rima
(Rima rica, como chamo)
Me leva lá pra cima
Quando digo que te amo.

Se sou Sego eu não posso caber
Em mim de alegria, quando troco as letras e faço uma melodia.
Que podia ter vindo do nada,
Porém, sabes sem olhar
Que surgiu do meu amar. Esse grande latifúndio
No qual andas e eu também ando.
Sempre brincando, sempre sorrindo, sempre querendo.
Mas não esqueço o último gerúndio,
Já estou até vendo,
Tudo veio do amando, mesmo a gente não entendendo.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Crises existenciais humanas

Certa vez, ouvi em uma aula de literatura, na época do colégio, que ter crise era saudável, era sinal de evolução do ser humano. Toda criatura que se preze deve ter uma crisezinha de vez em quando para colocar as ideias no lugar.
Vez ou outra isso vem a minha cabeça quando tenho (ou acho que tenho) alguma crise existencial, das que me levam a pensar: o que faço nesse mundo? E se eu morrer e não for útil a ninguém? Por que eu não ajudei aquela velhinha a atravessa a rua? Por que comi tanta carne no jantar? E mais inúmeras variações dessas perguntas de profunda relevância para esculpir nosso "eu" interior.

Mas crise é bom. Em momentos como esse, você se sente seu próprio psicólogo 24 horas. Você se questiona o tempo todo de tudo. Começa a virar analista de mercado, a trabalhar com possibilidades. E se eu não estivesse na Faculdade? E se eu fosse morar na África fazendo trabalho voluntário? De repente, sua bola de cristal faz projeções as mais absurdas sobre seu futuro porque, afinal, o que é um ser em crise? É aquela criatura que acha estar totalmente perdida no mundo, fazendo tudo errado e sendo totalmente desinteressante para o resto da humanidade. Um tanto quanto trágico esse panorama de persona em crise.
Mas a finalidade da crise é achar o erro ou o porquê de "eu" estar "dando errado". Você quer e precisa urgentemente de algo que te faça sentir bem, útil, produtivdo. Aí pode estar a grande cilada, isso porque pessoas em crise estão mais suscetíveis, podem não perceber claramente o impacto de suas decisões. É a velha regra, ante o desespero, vale qualquer coisa.

É nesse momento que a melhor coisa a fazer é ter lápis e papel à mão. Colocar tudo no papel ajuda. Acho que fibras vegetais têm alguma substância relaxante ou calmante. Seu papel amigo está sempre de braços abertos para te "ouvir" e não tece comentários desagradáveis sobre suas inquietudes mais frívolas.

Então, caro amigo, quando estiver (ou achar que está) em crise, relaxe, aproveite, sinta-se bem porque, afinal, vocês está evoluindo. E quando isso passar, você perceberá que tudo pode ter sido nada ou coisa parecida.




(texto do blog que criei (http://nadaoucoisaparecida.blogspot.com/)