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Recife/Olinda, Pernambuco, Brazil
Um blog aí.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Soneto da maldade

Com qualquer saudade mira-me o peito
Já ando mal de saúde, colorido
Pra ti vou sempre estar desprevenido
Sem pestanejar retira-me o jeito

Se pestanejares é um vil perigo.
E como ir a qualquer lugar que seja?
Que das tuas artimanhas me proteja,
Se somente em ti eu encontro abrigo


Peito cheio e estufado de saudade
Gritando alto passa da medida
Pois eu só faço canção descabida

Porque não cabe mais vontade
Volta, que tu longe é maldade
Vai, por favor, faz essa caridade.

Soneto da destruição

Aspirações de além-poligâmico
De cortejo não menos dinâmico
Agem quais uns supersônicos
Analisando-as com seus olhares biônicos

Temendo parecerem cínicos
Abaixo dos olhares clínicos
Dos de mente anti-higiênica
De procedência transgênica

Arquitetando a área cênica
Com uma descrição ecumênica
Pedem perdão messiânico

Eis que já tem e não precisa de pânico
Esse agir não é quiçá tirânico
É, por sinal, muito mais que orgânico.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Mais um paradoxo

Com surpresa, esconde e revela; tudo de ti, a alvirrubra tela.
Assim é teu sorriso. Assim, indeciso e preciso. Duvido! Inutilmente, já que aceito não perceber. Impossível tarefa seria, com a mente limpa e vazia, teus caminhos compreender.
Por isso, querida, eu digo, certo de que errei. Sorria, linda, sorria! E decifrando sempre estarei...