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domingo, 14 de dezembro de 2008

Soneto da maldade

Com qualquer saudade mira-me o peito
Já ando mal de saúde, colorido
Pra ti vou sempre estar desprevenido
Sem pestanejar retira-me o jeito

Se pestanejares é um vil perigo.
E como ir a qualquer lugar que seja?
Que das tuas artimanhas me proteja,
Se somente em ti eu encontro abrigo


Peito cheio e estufado de saudade
Gritando alto passa da medida
Pois eu só faço canção descabida

Porque não cabe mais vontade
Volta, que tu longe é maldade
Vai, por favor, faz essa caridade.

14 comentários:

disse...

o outro não, mas esse sim.
=)

zi!

... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

eu tenho orgulho da arte de vocês, meu queridos!

Unknown disse...

*meus

... disse...

repito: lindo! =]
chêro (luísa)

Anny Stone disse...

parece falar de algo real e necessário. algo durável de fato. essas coisas de "pra sempre".

A saudades reinventada.

Achei mágico o soneto.

Anny Stone disse...

* a saudade

Lucas disse...

gostei muito, dmi.. só não sou muito adepto a esse estilo de sonoridade da última estrofe!

mensageiro dos ventos disse...

é muito bom ler um recado no orkut e correr para o link do conjunçãoliteraria. sempre tenho a certeza de ser surpreendido com algo novo, ainda que esse novo seja sempre marcado por estilos tão constantes e proprios.

as tentativas de mimetismo, um absorvendo um pouco do estilo da escrita alheia, numa tentativa de confundir quem nos lê ou simplesmente deixar se confundir, é sensacional.

pronto!

mensageiro dos ventos disse...

dmitri. esse texto tem alguma referencia a textos anteriores postados por aqui?
tem um trecho que me lembrou um dos que escrevi.
n sei se foi proposital, mas pareceu uma "resposta"

D. Ramos disse...

Eu ando escutando muito elephant gun ultimamente, deve ter sido bem por isso.
Reposta? Eu diria homenagem, até.

Unknown disse...

Genial. Sem dúvida, um dos textos aqui postados que mais me comoveu.
Valeu, Djimi!

Unknown disse...

senti uma inovação.
adorei.

D. Ramos disse...

sentiu?
mmmmmm
chamou, hein?