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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ubaldo

Ubaldo de Pinto T. Farias era infeliz.
Isso porque, desde pequeno, herdou da cacofonia
o Injuriante apelido de Balaio de Pica.
Os amigos sempre o chacotavam, e inventavam piadinhas de infâmia condizente com a fonética do nome.
Um dia um amigo disse ao se despedir de todos no trabalho:
“Vou me embora. E pra quem fica... podem ficar com ele...”
Todos entenderam.
Mas só Ubaldo não riu.
Alguém tentava anima-lo: “Ora, seje razoavi. Antes Ubaldo do que Caio”
E continuava...
“Sabes que é preferível a profusão fálica em sua completude ‘bojal’, do que a decadência broxativa de um nome romano”.
Ubaldo tentou psicologia reversa. Tentou levar na boa por um tempo e ver no que dava.
Mandou algumas vezes as pessoas o chuparem ou qualquer coisa que o equivalesse. Mas desistiu. Não que lhe fosse desagradável o sexo oral, mas que acabaria por sê-lo, somente por lembrá-lo do infeliz apelido.
Por infelicidade psicológica ou revertério divino, Ubaldo passou a sentir pavor, bem como a ter noção real, de toda e qualquer cacofonia.
Era quando gritassem “(...) a Fabi localizou o rolo maior... impressora... cartucho...” que ele surtava... e não só com cacofonias miméticas a seu nome. Quem pensaria que Fabi, nome pequeno, contivesse em si tamanho órgão. Mas ao mesmo tempo, a cacofonia levava aos verbos, e alisar era um verbo pavoroso.
Ubaldo fugiu.
Foi ao estrangeiro. Seria um tempo tão bom. Mas mesmo que ninguém conseguisse identificar a maldita cacofonia. Ele o fazia.
Aquilo, claro, o afetava. E de tão afetado que foi, duvidou de sua masculinidade.
Foi aí que decidiu!
Transforme-se. Muda-se. Fez cirurgia, sabia que não era mais homem. Toda aquela quantidade de caralho no seu RG o maculara.
Arrancaram-lhe o pinto.
Mudou de nome, claro. Talvez fosse essa a maior justificativa. Arrancaram-lhe o ‘de Pinto’ Pois não.
Na escolha... um nome bonito...
Como deveria ser.
Paula.
Ainda que ameaçador, o nome lhe soava agradável, familiar. E não cacofônico.
Tudo resolvido, Paula era uma mulher adorável... vivia feliz e contente. Sua vida, agora, seria melhor.
Seria.
Se o ‘T’ abreviado no seu nome, não carregasse a graça de Tejando.
E agora.
O que tu, no lugar de Paula Tejando Farias.

8 comentários:

Olga M. disse...

AHUIEOHAEUEAUHAHEUAEHUEUHIAEUHIA
AHEUIOHEUAEUHAAUOUHIAEOUHAEUOHIAEAEUHI
AHUIAEOHAEUOUHIAEUHIAEUHIAEUOHIEAEHU

mensageiro dos ventos disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


MTO bom

Lucas disse...

AUHUAHAUHUAHUAHUAHA...
Avacalharam mesmo!
muito bom, dmi!
parabéns! hahahahaahhaha

Agora nunca vi o sobrenome Tejando, mas sim Tejano.. fiKdiK!

D. Ramos disse...

n sabia q existia o tejano. escrevi o outro pq sim.

filo porque kilo

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk,
Muito bom! Muito bom! :D

Anny Stone disse...

ainn dmitri
mentira q foi tu qm fez isso
heuehuehueh

Leonardo Trevas disse...

AH Rapaz... isso é pq vc não provou um prato de Carpano.

http://diabonocorpo.wordpress.com

Dmitri Ramus disse...

ja ouvi falar desse carpano. é uma estória antiga.
acho que é domínio púbico, digo, público. pelo menos a idéia, já que se pode construir qlqr estória ao redor.